Rostos do DOURO
1999
Esta, pode considerar-se como uma viagem ao passado. Um passado em que o comboio ainda andava devagar, onde as pessoas sorriam e abriam as portas aos viajante desconhecidos e lhes ofereciam um prato de sopa quente para aquecer a alma, onde ainda eram celebrados os rituais da pisa da uva sob um ambiente em que o calor humano abafava qualquer réstia de frio.
Uma imagem de Portugal que muitos desconhecem mas que ainda prevalece nos socalcos da vinhas. Uma imagem que contrasta com as pontes e as barragens sobre o Douro, estradas e auto-estradas que serpenteiam pelas terras do Norte, sinais da modernidade obstinada que teima em lembrar-nos que o passado já passou.
Nunca é tarde para viajar até ao Douro e mergulhar no rio da memória do vinho do Porto. Encontramos com certeza um bocadinho da nossa própria história.
Texto de Antónia Barroso
Dedicado à minha companheira da viagem
Antónia Barroso.
José Gonçalves