Kaurs & Singhs - Princesas e Leões
O Sikhismo nasceu no Punjab entre Muçulmanos e Hindus no ínicio do século XVI. Tudo começou com o Guru Nanak Dev que lutou contra o sistema de castas e a discriminação baseada no sexo, fé ou etnia. Actualmente o Sikhismo tem 500 anos e 23 milhões de seguidores em todo o mundo, sendo a oitava religião organizada.
Devido aos seus turbantes e longas barbas, os Sikhs foram discriminados fora da Índia, especialmente depois do 11 de Setembro, e alguns foram assassinados por pessoas que os confundiram com talibãs. No entanto, os Sikhs são pacíficos.
Todas as mulheres Sikhs são baptizadas com o último nome Kaur, que significa princesa; e todos os homens são Singh que significa leão. Estas princesas e leões vivem na Índia e por todo o mundo expressando a sua fé em Gurdwaras locais. Estes, são a casa do Sri Guru Granth Saheb Ji, um livro sagrado que contém todos os ensinamentos dos anteriores Gurus humanos, santos Hindus e Muçulmanos. Este livro é o único Guru actualmente reconhecido pelos Sikhs e, foi implementado no século XVII, pelo Guru Gobind Singh, o último Guru humano.
Quando se entra num Gurdwara, deve-se tirar os sapatos; esconder os cabelos com turbantes ou "chunnis" (longos véus usados pelas mulheres Sikhs, o símbolo de que todas as mulheres são princesas); lavar as mãos e os pés; fazer uma vénia à entrada; oferecer algum dinheiro ou comida para a manutenção do Gurwara e, finalmente rezar e entoar cânticos. Todos os Gurdwaras estão abertos 24 horas, a comida é gratuíta não importando o sexo, etnia ou credo.
É nos Gurdwaras que os Sikhs se reunem com Deus, e praticam a mais valiosa acção da sua fé: partilhar com outros. Isto pode ser observado durante o Langar (a principal refeição de Domingo) onde todos se sentam no chão ao mesmo nível, representando a igualdade entre todos os humanos, enquanto voluntários cozinham e distribuem comida vegetariana e, outros lavam a louça.
Texto: Sofia Quintas