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M. Dubly acabara de entrar no nº 28 da Rue Tronchet. Aquele familiar cheiro a uma mistura de mofo e de papelada, que ele conhecia de há tantos anos, ainda se fazia sentir. Pendurou o casaco na cadeira e pôs-se a folhear sem atenção algumas cartas que restavam sobre a mesinha da entrada. Depois assomou-se à janela e olhou a rua e as pessoas que passavam, seguindo o seu caminho, indiferentes.
M. Dubly era um homem bem parecido, sempre com aquele ar irrepreensível que usou toda a sua vida nas suas relações profissionais. Tinha até alguns traços da fleuma inglesa que herdara dos pais, e que formava agora uma curiosa combinação com o seu lado parisiense dos cafés e dos brindes com pastis, que tanto apreciava. Sentou-se. Pôs-se a olhar a parede do fundo da sala, alheio a tudo. A luz do sol, que entrava obliquamente pela janela, projectava no canto da parede um curioso efeito que contrastava com o tom pardo do local, e que o induzia num estado de estranha letargia. |
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pontos de vista
