Os Outros
Tenho por hábito experimentar, experimentar, experimentar. A fotografia não é uma ciência exacta, é uma arte, ou um ofício, dependendo da abordagem. Procuro nela uma fuga à realidade do dia-a-adia de escritório, à monotonia dos teclados e pilhas de papéis. Nesta experimentação contínua sigo por dois caminhos complementares: o eu, e os outros;
o primeiro surge da necessidade de dizer por imagens aquilo que é indizível, que sai naturalmente como se pegasse num pincel e o deixasse percorrer livremente o espaço à minha frente;
o segundo surge de uma observação exterior, dos outros, com quem me cruzo, com quem me dou, e quem se dá a conhecer.
Esta exposição é sobre os outros. Sem nenhuma ordem em particular.